18 de junho de 2014 · Destaque
Médicos cubanos revolucionam atendimento
em comunidades no Espírito Santo
Em 2012 foi inaugurada a
Unidade Regional de Saúde (URS) de Planalto Serrano, na periferia do município de Serra,
no Estado do Espírito Santo. Segundo a coordenadora da
unidade, Naiara Vidoto, o estabelecimento abrange
uma população de
aproximadamente 12 mil pessoas.
Com três equipes de
Saúde da Família, sendo dois médicos principais e um médico de apoio do
Programa “Mais Médicos”, Naiara conta que a relação tem sido muito positiva.
“Nós contamos com três médicos cubanos na unidade. Eles foram muito bem recebidos
pela população e já estão se sentindo em casa”, afirma Naiara.
Dois dos médicos cubanos
são Orlando Maure Ceballo, 47 anos, e Tamara Delgado Riesgos, 51 anos. Eles
chegaram na unidade em dezembro do ano passado e já conseguiram resolver o
atraso nas consultas de pré-natal, desenvolveram um programa de atendimento
para os casos de hipertensão e diabetes e tiveram a iniciativa de sistematizar
as consultas domiciliares.
“Ainda temos que
organizar muita coisa, mas estamos felizes com o resultado do nosso trabalho.
Estamos ajudando a quem precisa”, afirma Tamara.
Já no posto de saúde de Taquara I,
na periferia de Serra, Orelys Reyes Madrazo, médico cubano de 39 anos, explica
que não é a primeira vez que sai de Cuba para trabalhar em – como ele mesmo
define – uma missão humanitária internacional.
“A demanda aqui é bem
alta”, diz o médico. Com uma população de aproximadamente 5 mil pessoas na
região, foi em dezembro de 2013 que a unidade recebeu o reforço do Programa
“Mais Médicos”.
“Nós fomos premiados com
a vinda dele para cá. Ele é um médico sensacional”, afirma a gerente de
serviços de saúde, Zilá Gonãlves Fausto.
Com as unhas do pé
pintadas no chinelinho diminuto, enfeitado com a imagem de uma princesa da
Disney, Ana Beatriz Mota Pereira, de 2 anos, aguardava sua vez de ser atendida
no posto de saúde de Taquara I. Na primeira consulta com o Dr. Orelys, foi
diagnosticado um quadro de bronquite asmática, e agora Ana Beatriz retorna ao
posto periodicamente para seguir o tratamento e ser avaliada.
“Eu fico rindo dele às
vezes porque ele fala engraçado, mas entendo tudo o que ele diz. A gente está
seguindo o tratamento que ele mandou direitinho”, conta Leonara Pereira, 19
anos, tia da paciente. “Eu também me trato com ele, e gosto desse médico. Eu
estava com uma infecção, alguma coisa no sangue eu acho, mas já fiquei boa, e a
Ana já está melhor também.”
Visando à cobertura
universal e ao controle e erradicação de doenças, a Organização Pan-Americana
da Saúde (OPAS/OMS) vem apoiando o
Ministério da Saúde na implementação do Programa. Este apoio inclui o suporte
técnico à ampliação da estratégia da atenção primária de saúde e da melhoria da
estrutura da rede de serviços de saúde, além da avaliação da cooperação técnica
neste campo específico.
SEDE DA ONU EM BRASÍLIA-DF. |